alunosEstudantes que assistiram à palestra sobre Jornalismo Automobilístico na Universidade Estadual de Londrina

Um público restrito, mas muito interessado e participativo, assistiu na semana passada as apresentações feitas pelo jornalista Joel Leite na Faculdade de Jornalismo da Universidade Estadual de Londrina-PR, a UEL, dentro do Concurso Cultural Autoinforme/Hyundai, que vai escolher dez participantes para fazer parte do Grupo Hyundai e um deles será escolhido para fazer um estágio na Agência Autoinforme.

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Ao fundo professor Emerson Dias, e os alunos Gabriel Siqueira e Bruno Amaral (da direita para a esquerda)

A palestra reuniu alunos de vários semestres, alguns deles já com experiência em projetos desenvolvidos pela universidade, caso de Bruno Amaral e Gabriel Siqueira Lopes, que atuam no chamado jornalismo periférico, sob o comando do professor Emerson Dias, responsável pelas disciplinas Assessoria de Imprensa e Telejornalismo. Emerson destacou que o setor automobilístico oferece boas oportunidades de trabalho na área de Assessoria de Imprensa, dado o grande número de empresas bem estruturadas e com grande necessidade de divulgação.

O tema Assessoria foi o destaque na discussão do primeiro dia de palestra na UEL. Foi discutida a importância desse segmento no fornecimento de informações para os jornalistas automotivos e a relação que os profissionais devem ter com a fonte/assessoria.pamela
A estudante Pamela Oliveira também contribuiu com informações ao longo da palestra

A questão da ética e da independência do jornalista também foi fruto de debate após a apresentação da palestra, com os estudantes mostrando grande preocupação em fazer um jornalismo sério e responsável.

Responsável pelo blog Autos papos, a jornalista de Londrina Cecília França também esteve presente no primeiro dia de evento.

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Flávia Cheganças foi uma das mais animadas nas discussões no segundo dia de palestra, na Faculdade de Jornalismo da Universidade de Londrina, questionando e perguntando sobre aspectos técnicos. “Antigamente os carros eram feitos com materiais mais resistentes, hoje o pára-choque é de plástico, qualquer batidinha o carro sé destruído”.

Segundo Joel, é exatamente essa característica do carro moderno que traz segurança aos ocupantes: antigamente os carros eram construídos com uma estrutura rígida; ele saia intacto de um acidente, mas os ocupantes morriam. Ele explicou que hoje os carros são feitos com uma tecnologia que permite a absorção do impacto, então o carro fica destruído, mas as pessoas, protegidas pelo habitáculo indeformável, não são afetadas. Isso, claro, dependendo da intensidade da batida.

Flávia quis saber também porque as montadoras não colocam mais equipamentos de segurança nos carros.

Isso acontece principalmente nos carros básicos, onde um equipamento sofisticado tem um impacto muito grande no preço. O palestrante lembrou que muitas montadoras só passaram a equipar seus carros com freios ABS e airbag após a exigência da legislação, que entrou em vigor em janeiro de 2014.

A chegada das novas montadoras a partir de 1990, que começaram a oferecer carros mais completos, fez com que todo o mercado passasse a equipar os seus modelos com itens que antes eram considerados opcionais, melhorando o nível do carro brasileiro.

Quando o assunto abordado foi o carro autônomo, que, segundo o palestrante, deve ser realidade nos próximos três ou quatro anos, Pâmela Oliveira, aluna do quarto ano da UEL, lembrou à classe sobre um outro projeto de carro sem motorista desenvolvido na Universidade Federal de Itajubá, em Minas Gerais, que se soma ao projeto da USP de São Carlos e de outras três universidades brasileiras, além, claro, dos projetos desenvolvidos pela iniciativa privada.

A Bicicleta elétrica foi outro assunto levantado nas discussões na UEL e um dos alunos escolheu esse tema para fazer a redação com a qual vai concorrer a uma vaga no grupo de estudantes da Hyundai.

talita
Talita Arrebola comentou sobre a imparcialidade dos veículos de comunicação

Talita Arrebola questionou sobre a dificuldade de se fazer um jornal imparcial, uma vez que muitas vezes os veículos acabam se submetendo a interesses de pessoas, de grupos políticos e econômicos e de anunciantes. Foi o professor Ayoub Hanna Ayoub, responsável pela cadeira de Ética na Faculdade de Jornalismo da UEL quem respondeu a questão.

“Para exercer um jornalismo imparcial, é muito simples. É necessário que os profissionais e veículos de comunicação coloquem em prática o Código de Ética Jornalística, que apliquem isso no dia-a-dia.”

O Código de Ética dos Jornalistas, por sua vez, é um manual de conduta dos profissionais e veículos de comunicação e está disponível no site:http://www.fenaj.org.br/federacao/cometica/codigo_de_etica_dos_jornalistas_brasileiros.pdf

Prof. AyoubProf. Ayoub Hanna Ayoub, presidente do Sindicato dos Jornalistas do Norte do Paraná.

O professor Ayoub – que é também presidente do Sindicato dos Jornalistas do Norte do Paraná afirmou, ainda, que eventos como a palestra de Joel Leite são ótimos para a formação dos alunos. “O curso é muito compacto e, por isso, a faculdade não aborda tantos segmentos do jornalismo. A palestra mostrou outra vertente do mercado aos alunos, que se interessaram muito.”