– Estratégia é de todo segmento premium, que dobrou de tamanho apelando para os milionários que estão chegando ao mercado de luxo

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Com crescimento de 27,3% no primeiro semestre, período em que as vendas caíram 19,8%, a Audi credita o seu bom desempenho à oferta de produtos mais accessíveis (preços mais competitivos e versões   que oferecem mais ao consumidor).

O lançamento, na semana passada, do utilitário esportivo Q3 1.4 é mais uma cartada no sentido de ampliar as fronteiras da marca junto ao consumidor.

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O carro, equipado com motor novo de 150 cavalos, custa R$ 127 mil na versão básica, que já vem com muitos itens de série: ar-condicionado digital, direção elétrica, freio de estacionamento eletrônico, controle de estabilidade, start/stop, luzes de condução diurna de Led, assistente de partida em rampa.

A busca por um mercado mais abrangente já vem ocorrendo há alguns anos, conforme Gerold Pilekamp, gerente de Marketing de Produto da empresa. Ele lembra que, até 2013, o A3 mais barato era o 2.0 de 200 cavalos, que custava R$ 130 mil, e hoje o consumidor pode comprar a versão 1.4 por R$ 99 mil.

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A melhora do produto é outro aspecto que influencia no crescimento das vendas da marca, segundo Gerold Pilekamp, além da ampliação da rede, que conta hoje com 40 concessionárias (eram 30 em 2013 e serão 50 até o fim do ano).

Somada a isso, a Audi incentiva o atendimento pós venda e a criação de ações que facilitem a vida do consumidor.

“Com o serviço de atendimento expresso na oficina, o cliente pode fazer uma revisão completa em apenas uma hora, disse o executivo, destacando também a maior facilidade de oferta de peças de reposição, graças à construção de um eficiente Centro de Distribuição em Jundiaí.

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Por outro lado, Gerold Pilekamp credita o crescimento das classes A e B pelo aumento de vendas não apenas da Audi, mas de todo o segmento premium, que quase dobrou no primeiro semestre (em relação ao primeiro semestre de 2014): foram 27.895 unidades até junho deste ano

Juntas, as marcas Audi, BMW, Land Rover, Míni, Mercedes-Benz, Jaguar, Lexus, Porsche e Volvo quase dobraram a participação este ano: fecharam o primeiro semestre com 1,8% das vendas totais, índice que era de apenas 1% no ano passado (veja quadro de vendas). A Mercedes-Benz é a líder do segmento, com 9.120 unidades no semestre; a Audi é a segunda marca mais vendida, com 7.796 carros.

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“Num momento de crise o consumidor tende a se inclinar para as marcas que lhe oferecem mais segurança”, acredita Gerold Pilekamp, referindo-se à situação de dificuldade encontrada pelas marcas de grande volume.

O executivo avalia que as marcas premium, e particularmente a Audi, têm ainda muito a crescer. Ele calcula que o Brasil tem 200 mil milionários e o mercado das marcas premium vende apenas 65 mil unidades.

A linha Q3 ganhou mudanças na dianteira, com uma grade que vai passar a identificar toda a família Q (Q5 e Q7), novo conjunto ótico que inclui farol de neblina, lanternas avançando pela lateral do carro, painel com detalhes em preto brilhante e a nova linha de motores: 1.4, 2.0 de 180 cavalos e 2.0 de 220 cavalos.

Confira as vendas do segmento de luxo no primeiro semestre de 2015:

Segmento de luxo

Janeiro-junho/2015

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Confira mais informações de cada motorização e o preço de cada uma delas.

 1.4 de 150 cavalos – acelera de 0 a 100 km/h em 8,9 segundos e tem velocidade máxima de 204 km/h. Vendido em duas versões, a Attraction por R$ 127.190,00 e a Ambiente por R$ 144.190,00.

2.0 de 180 cavalos – acelera de 0 a 100 km/h em 7,6 segundos e tem velocidade máxima de 217 km/h. Vendido em duas versões, a Attraction por R$ 145.190,00 e a Ambiente por R$ 165.190,00.

2.0 de 220 cavalos – acelera de 0 a 100 km/h em 6,4 segundo e tem velocidade máxima de 233 km/h. Vendido em versão única por R$ 190.190,00.