– Consumidor poderá conhecer a tecnologia no Salão de Elétricos
– Estudos da CPFL mostram que a economia chega a 84%

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O carro elétrico ganha espaço na mobilidade urbana e já é comum em vários países. Nas grandes cidades japonesas já existem mais postos de recarregamento de bateria para carro elétrico do que postos de gasolina.

No Brasil ainda está longe de ter uma estrutura que permita rodar com um carro elétrico e abastecê-lo sem problemas. Tem meia dúzia de postos e outro tanto de carros andando por aí, a maioria em caráter experimental.

Mas como o carro elétrico vai fazer parte do nosso dia a dia, mais cedo ou mais tarde, é melhor conhecer como funciona essa tecnologia de emissão zero de poluentes.

A oportunidade tá aí: mais de 30 fabricantes e importadores vão disponibilizar os seus produtos para test-drive durante o Salão do Carro Elétrico, de 1 a 3 de setembro no Expo Center Norte, em São Paulo.

Vai ter de tudo: carro de passeio elétrico, bicicleta, patinete, moto, scooter.

E os visitantes poderão experimentar a sensação de dirigir um carro de emissão zero e também de barulho zero. É muito interessante: com o vidro aberto você ouve só o contato dos pneus no asfalto e o vento.

“Será uma maneira muito interessante de colocar o consumidor em contato com novas tecnologias. É certo que veículos elétricos e híbridos são uma minoria ainda, mas é fundamental que os brasileiros conheçam os produtos de emissão zero ou de baixíssima emissão veicular. As cidades precisam ter alternativas de escolha, por reduções mais expressivas de gases de efeito estufa”, disse Ricardo Guggisberg, presidente da ABVE – Associação Brasileiro do Veículo Elétrico.

Dados do Emotive, o programa de mobilidade elétrica da CPFL Energia, o carro elétrico gera economia de até 84% nos gastos com combustível em comparação com automóveis similares a combustão. A conclusão foi obtida após avaliações com carros elétricos da Renault. Em quase dois anos, rodando 6.130 quilômetros o Kangoo elétrico gastou R$ 930,00 (a preço de energia industrial). A mesma quilometragem com o carro a gasolina gastaria R$ 5,95 mil.

O teste de 6.214 mil km com o Renault Zoe resultou num acréscimo de R$ 1.028,69 na conta de luz residencial. Um veículo similar a gasolina gastaria R$ 2,294 mil na mesma quilometragem, economia de 55%. Só essa redução de emissões resultou em 876 quilos de CO2 a menos na atmosfera, segundo a CPFL.

Os dados mostram que, na média, o valor do quilômetro rodado de um carro a combustão é de R$ 0,30, enquanto o de um carro elétrico é de R$ 0,10.

O estudo mostra ainda que a preocupação com o impacto que o carro elétrico pode causar na demanda por energia não é tão grande como parece. As projeções iniciais da CPFL apontam que o uso dessa tecnologia ampliaria o consumo de energia entre 0,6% e 1,6% no Sistema Interligado Nacional em 2030, quando as previsões indicam que a frota de carros elétricos pode alcançar entre quatro e 10 milhões de unidades.