Michael Manley, chefe das marcas Jeep e RAM da FCA

Michael Manley, chefe das marcas Jeep e RAM da FCA

Há nove anos, apenas um de cada 23 carros utilitários esportivos vendidos no mundo era da marca Jeep. Hoje a relação é um para 17. Se você acha que a evolução é grande, vai se surpreender com a projeção feita pela FCA para os próximos anos.

Michael Manley, chefe das marcas Jeep e RAM da FCA, disse aqui em Balocco, na Itália, durante o Capital Markets Day 2018, que a marca terá um crescimento formidável nos próximos anos, chegando à proporção de um Jeep para cada 12 SUVs vendidos no mundo. Mais do que isso: a marca vai conquistar 20% de participação no segmento no futuro.

O Brasil é parte importante desse desafio. A empresa divide sua atuação mundial em quatro frentes: Estados Unidos, Europa, China e América Latina. E os planos para a América Latina – onde o Brasil representa cerca de 70% – são agressivos. A empresa vai lançar quatro carros até 2021: na fábrica de Pernambuco será produzido o Compass de sete lugares e na fábrica de Betim um carro de entrada com tecnologia Jeep mas marca Fiat, além de dois outros modelos. Haverá também investimento em eletrificação pois a empresa vai lançar versões elétricas de toda a linha até o ano de 2022.

A região da América Latina terá um crescimento de 800 mil para 1,3 milhão de unidades de utilitários esportivos nos próximos cinco anos, daí o interesse da empresa no segmento.

Segundo Manley, o mercado abre novas oportunidades com a busca do consumidor por novas tecnologias, busca de novos benefícios na mobilidade e a Jeep pretende atender essa demanda com lançamentos de modelos “com grande capacidade de mobilidade urbana, que enfrentam qualquer condição de condução”. Para o dirigente, a eletrificação vai crescer rapidamente. Ele disse que hoje a tecnologia não compensa os custos mas vai baratear muito rapidamente e a Jeep vai recuperar os investimentos antes da concorrência. O dirigente considera que o consumidor está preparado para pagar um preço maior pela tecnologia.