Tecnologia tem que envolver a via inteligente; sozinho o carro não anda

O carro autônomo está sendo construído já há alguns anos. Ele está chegando pouco a pouco. A cada momento surge mais uma etapa, mais uma conquista no sentido de tornar o automóvel uma máquina totalmente controlada pela tecnologia.

E eu prefiro falar de mobilidade autônoma em vez de carro autônomo. Por quê?

Porque o carro autônomo só existe se houver uma estrutura viária integrada a essa tecnologia, para dar suporte ao veículo. Para andar sozinho, o carro precisa ter referências no espaço em que está integrado: sinalização vertical e horizontal, placas de trânsito que seja passível de leitura pelos sensores do carro: placas de velocidade, orientação etc.

O grupo PSA, que reúne Peugeot e Citroën, deu esta semana mais um passo na construção do seu modelo autônomo.

Em 2017, o carro da PSA fez pela primeira vez uma passagem no pedágio da rodovia, tudo sem a presença do motorista. Então, veja: a cabine do pedágio tinha que estar preparada pra isso, certo? Por isso que a automação não é apenas o carro, mas de todo um conjunto de tecnologias que vai permitir a mobilidade autônoma, para a qual é necessário a existência de uma infraestrutura viária inteligente.

A PSA está testando o seu carro em relação a essa infra estrutura viária: o objetivo é checar como o carro vai se comportar diante de uma área de tráfego temporariamente alterada: por exemplo, quando houver uma obra na pista ainda não sinalizada pelos sistemas de navegação.

Outra tecnologia avaliada é a chamada “parada segura”, que envolve a condução do veículo para uma área de refúgio, caso o condutor não retome o controle em uma situação de emergência.

Para a PSA esse é mais um passo na implantação de veículos autônomos, fortalecendo a comunicação entre o carro e a infraestrutura rodoviária, a fim de ampliar o campo de ação do sistema, garantindo a segurança dos ocupantes, que, em última instância é a principal, proposta da mobilidade autônoma. A segurança.