Volume vendido em sete meses é equivalente a dois dias do mercado total. As 450 revendas de importados estão ladeira abaixo

O setor de importados vive mais uma vez neste ano uma situação pra lá de difícil. As vendas nos primeiros sete meses do ano registraram uma queda de 25% em relação ao mesmo período do ano passado. Até aí, tudo normal, pois os índices há tempos estão em queda no setor. Mas o volume de carros vendidos é desprezível: foram apenas 16 mil unidades em sete meses, equivalente a dois dias do mercado total. Como o setor tem 450 concessionárias, dá uma média de cinco carros por mês para cada uma.

Mesmo considerando que algumas concessionárias de carros de luxo – Lamborghini, Ferrari, Maseratti e Rolls Royce – vendem normalmente um ou dois carros por mês, o negócio de carros importados hoje no Brasil hoje é inviável. A maioria das revendas se mantém porque estão ancoradas em grandes grupos empresariais, e investindo em outras ações, como venda de carro usado, peças e serviços, atendimento pós venda. O número de postos de trabalho caiu de 35 mil em 2011 para 13 mil.

O setor aguarda com grande expectativa as novas regras de mercado para 2018, com o fim do programa Inovar Auto, que impôs um imposto extra de 25 pontos percentuais aos carros importados. Essa sobretaxa acaba em dezembro e com isso os importadores esperam recuperar pelo menos parte do mercado, que chegou a 200 mil unidades em 2011 e caiu para 35,5 mil no ano passado.

Vendas
Em julho houve uma pequena alta de 4,2% em relação a junho, com 2.712 unidades comercializadas, Na comparação com julho de 2016 houve queda de 18,7% e também queda de 25,7% no acumulado.

Produção
As associadas com fábrica no Brasil (BMW, Chery, Land Rover, Míni e Suzuki) produziram 1.828 unidades em julho, 66% a mais que no mesmo mês do ano passado e no acumulado as fabricantes totalizaram 9.436 unidades, alta de 49,1% ante o mesmo período de 2016.