Setor de importados fecha mais um ano em queda: -17%. Previsão é de crescimento em 2018

Com apenas 29.751 carros vendidos, o setor de importados reunido na Abeifa (associação de fabricantes e importadores), – excluindo-se portanto os carros trazidos de fora pelos fabricantes – amargou mais uma queda de vendas em 2017, situação recorrente desde 2013, quando o governo sobretaxou o segmento com um IPI extra de 30 pontos percentuais. São menos de 1,8 mil carros por marca, na média, para cada um dos dezessete importadores. No ano anterior, o número de licenciamentos foi de 35.852 unidades.

De qualquer forma, o setor vendeu mais do que o inicialmente previsto pelos dirigentes, que tinham uma expectativa de apenas 27 mil unidades para este ano. Além disso, José Luiz Gandini, presidente da Abeifa, estima um crescimento de 35% em 2018, com vendas de 40 mil unidades. Mas o dirigente descartou a possibilidade de redução dos preços dos importados com a queda dos 30 pontos percentuais. Ele disse que apesar do fim do programa Inovar-Auto e o retorno das alíquotas de IPI de 7%, 11%, 13%, 18% e 25%, respectivamente para veículos com motorização de 1.0 litro (flex), 1.0 a 2.0 litros (flex), 1.0 a 2.0 litros (à gasolina), acima de 2.0 litros (flex) e acima de 2.0 litros (à gasolina), os preços dos importados não vão cair pois “os importadores não pagavam o super IPI com adicional de 30 pontos percentuais, que serviu apenas como limitador de volumes”.

A participação das associadas à Abeifa no mercado de carros e comerciais leves foi de 2,2% em 2018.