Em compasso de espera, aguardando o desfecho da pandemia do coronavírus, o consumidor está adiando a compra do carro zero, quem sabe por muito mais tempo do que o desejado, em função das incertezas em relação à economia, no Brasil e no mundo.

Uma pequena parte de consumidor continua comprando, as vendas (oficiais) em abril passaram de 50 mil unidades, contra cerca de 200 mil em tempos normais. Mas a maioria espera uma definição do mercado principalmente no que se refere aos preços dos carros.

É natural que os preços vão sofrer alterações, mas há dúvidas se eles vão cair ou subir.

De um lado, os fabricantes recebem a pressão nos custos de produção, principalmente por causa da alta do dólar, que subiu de R$ 4,00 para R$ 5,60 em quatro meses e isso impacta diretamente na produção, uma vez que grande parte das peças e sistemas que equipam os carros feitos no Brasil é comprada no exterior, portanto paga em dólar.

Por outro lado a crise provoca a descapitalização das empresas e a diminuição da capacidade de compra do consumidor.

A situação é indefinida, depende muito do comportamento do consumidor pós pandemia, especialmente no mercado de usados, onde o volume de vendas é de cinco ou seis vezes o do OK (veja quadro) e que alavanca a venda de novos.

Mas a tendência é que a retomada do consumo seja lenta, o que pode significar preços baios e oportunidades ao consumidor.

Venda de carros Novo e Usados
2020