Plano de investimentos da empresa prevê portfólio de soluções diferentes para cada região do mundo

FCA

A FCA, que reúne as marcas da Fiat e da Chrysler, vai investir 45 bilhões de euros – cerca de 200 bilhões de reais – nos próximos cinco anos, principalmente no desenvolvimento de novos produtos. E o carro elétrico vai ter uma importância vital no próximo período, com aporte de 40 bilhões de reais para o setor.

A ordem na companhia é reduzir a dependência em relação ao petróleo, que segundo a FCA é um dos maiores desafios que a sociedade enfrentará nos próximos anos e portanto o etanol e o GNV também estão contemplados nos investimentos.

A Fiat no Brasil vai ganhar uma nova linha no segmento dos utilitários esportivos, tipo de carro que a empresa considera o novo padrão mundial: serão quatro carros novos: três suvs e uma picape no segmento B, enquanto a marca Jeep terá um utilitário esportivo de sete lugares.

A FCA promete um esforço para consolidar a tecnologia flex no Brasil, buscando os benefícios ambientais da utilização do etanol como combustível que sequestra CO2 em seu processo de produção.

Embora o plano de investimento para os próximos cinco anos seja uma decisão mundial, a empresa considera as diferenças de cada mercado que atua e determina soluções adequadas a cada um: “embora os padrões em todas as regiões vão convergir no futuro para um ponto, hoje todos nós estamos atentos às diferenças de concepções regionais”, disse Sérgio Marchionne, CEO da FCA durante a apresentação do plano global da empresa na semana passada na cidade de Balocco, na Itália.

Na Europa, onde a legislação é mais rigorosa em termos de emissão de CO2 e de outros gases, serão introduzidos vários níveis de eletrificação e a empresa vai reduzir o uso do diesel, que ficará apenas para os veículos comerciais. O diesel já foi banido em algumas cidades e regiões da Comunidade Europeia.

Já na China, que também mantém rigor no combate à poluição e facilita a produção de carro elétrico, a tendência é o lançamento de elétricos, principalmente da marca Jeep.

Nos Estados Unidos, onde há um mercado grande e diversificado, e onde os derivados de petróleo têm preços mais baratos do que as demais opções, a empresa vai disponibilizar várias tecnologias simultaneamente. Mas também ali vai investir na eletrificação: recentemente lançou um modelo híbrido da marca Chrysler.

Na América Latina, o etanol é o destaque: a empresa entende que o Brasil é o único país que tem uma alternativa real aos combustíveis à base de petróleo. E portando vai continuar a promover o combustível como benefício ambiental, através de investimento no aprimoramento do motor à combustão e no uso do etanol.