Exposição e test-drive empolga público e agrada montadoras

O objetivo do I Festival Interlagos era proporcionar aos visitantes a experiência ao volante, um enorme avanço em relação a exposições anteriores, onde o consumidor poderia apenas observar os carros de longe; em alguns estandes o visitante até podia entrar no carro, mexer no painel e só. As chaves eram confinadas: nem mesmo o barulho do motor era possível ouvir.Do lado no fabricante, o contato com o potencial cliente era a entrega de um folheto e, no máximo, um chaveirinho como lembrança.

O resultado de quatro dias de experiência, de gente se vestindo de piloto, vestindo bataclava e capacete, acelerando na pista, delirando com as entradas nas curvas como os seus ídolos da Fórmula 1, foi o fim definitivo das antigas insossas exposições: mais de 20 mil visitantes visitaram os estantes das nove marcas participantes e um total de 4,5 mil “pilotos” puderam acelerar na pista, conhecendo na prática os carros que pretendem, ou sonham, comprar. Por sua vez, foi uma oportunidade inigualável para as marcas que ousaram acreditar no projeto realizado pelos empresários Eduardo Bernasconi e Márcio Saldanha.

Marcio Saldanha e Eduardo Bernasconi, organizadores do Festival Interlagos – Carros

Adriano Almeida, 37 anos, engenheiro, foi ao Festival com o objetivo de testar o Renegade de 1.3 turbo de 185 cv, para comparar com o seu Renegade com motor aspirado de 140 cv. Ficou feliz com a volta na pista: “dirigir em Interlagos é impagável”. Outro visitante, Victor Batista, 24 anos, fez test-drive com o Peugeot 208, o Cinquecento elétrico e o Maverick. “Na pista a gente pode tirar o máximo dos carros”, constatou.

“O Festival superou todas as expectativas, das empresas e dos organizadores – disse Márcio Saldanha– já que prevíamos apenas 18 mil visitantes. O que se viu nos três dias do evento foi a satisfação das montadoras em oferecer experiências aos consumidores brasileiros, ávidos por comprar automóveis 0k”.

“A melhor indicação desse feedback das empresas expositoras foi a sinalização de renovação das montadoras para 2023, confirmou Eduardo Bernasconi.

Claudio Rawicz, diretor da Audi, considerou a participação da empresa “um sucesso”. Nada menos do que 500 testdrive foram feitos com os carros da marca em Interlagos nos quatro dias do evento.

A Audi levou a Interlagos o caminhão elétrico da Volkswagen e-Delivery, carregando a bordo um Audi RS e-tron GT, uma amostra de como serão as entregas do modelo elétrico da Audi aos seus compradores: eles serão transportados também usando e energia elétrica, com o VW, que foi desenvolvido e é produzido em Resende, no Rio de Janeiro.

Ao Festival levou o A3, A4 e A5, a família A, os esportivos RS e-tron GT, e-tron S Sportback, RS 6 Avant, RS 5 Sportback,o Q5 Sportback e do novo Q3 Sportback fabricado no Brasil.

Para Paulo Manzano, da Jaguar Land Rover, o festival serviu para “resgatarmos o entusiasmo e experiências sensoriais que vão bem além das proporcionadas pelos meios digitais”, enquanto Rafael Ugo, da Volvo, disse que o evento proporcionou à marca levar a tecnologia da eletrificação a um maior número de pessoas.

O Festival teve ainda testes na pista off-road e sessões de drift, que foi um show à parte, além do Festival Interlagos para Elas, comandado pelo quarteto Bia Figueiredo, Karina Simões, Milene Rios e Bruna Frazão, mostrando o poder das mulheres ao volante.

Além das montadoras e importadoras – Audi, GM, Citroën, Fiat, Ford, Jaguar Land Rover, Jeep, Peugeot e Volvo – a Motul e a Pirelli deram o apoio comercial ao evento.

Depois dessa experiência vai ser difícil o consumidor aceitar passivamente “conhecer” as novidades do mundo automobilístico só olhando de longe.