Tecnologia anunciada nesta segunda-feira em Detroit passa a equipar carros da marca ainda este ano

A GM anunciou nesta segunda-feira (20/5) em Detroit, nos Estados Unidos, a construção de uma arquitetura eletrônica para a produção da nova geração de veículos elétricos e de sistemas avançados de condução autônoma, de conectividade e de segurança ativa, que são, conforme o presidente mundial da empresa, Mark Reuss, os pilares da visão de futuro da GM, que trabalha com trinômio zero acidente, zero emissão e zero congestionamento.

Em relação a zero acidente, a empresa está caminhando para equipar os seus veículos com sensores e equipamentos de alta tecnologia; o zero emissões significa que a aposta é na propulsão elétrica e o zero congestionamento é a aposta no carro autônomo e nos recursos de eletrônica.

“É difícil imaginar que possamos construir um sistema de mobilidade com congestionamento zero, mas vamos fazer isso acontecer”, garantiu o diretor de Engenharia Elétrica da montadora no Brasil, Plínio Cabral Junior, em apresentação do projeto no Seminário da AEA (Associação de Engenharia Automotiva), na semana passada, em São Paulo.

A empresa considera que a evolução dos automóveis nos próximos cinco a dez anos provocará um crescimento expressivo do fluxo de dados necessários para que todos estes novos equipamentos funcionem integrados entre si e se conectem também com sistemas externos.

A nova arquitetura eletrônica da GM estreia no Cadillac CT5, que chega ao mercado ainda este ano e nos demais modelos da marca até 2023. É composta de um sistema eletrônico inteligente capaz de processar até 4,5 terabytes de dados por hora e pode ser atualizado remotamente. A comunicação com fontes externas será rápida graças às conexões de internet de 100Mbs, 1Gpbs e 10Gbps.

“A eletrônica tem cada vez mais relevância em nossos veículos. Nosso novo conceito de arquitetura digital veicular vai dar suporte às inovações futuras em uma ampla gama de avanços, incluindo a democratização dos veículos elétricos e autônomos”, disse Mark Reuss, que alertou também sobre a segurança cibernética, como outro pilar da nova arquitetura eletrônica.

“O DNA do sistema inclui recursos adicionais de proteção tanto para hardware como para software que refletem a importância que a empresa dá a este tema”, completou o presidente.

A GM criou um programa que estimula a comunidade de pesquisas em segurança cibernética a identificar possíveis vulnerabilidades em seus sistemas. O temor, conforme Plínio Cabral Junior, é que um racker possa invadir o computador de um carro autônomo, por exemplo, e alterar os comandos.