Religiosos querem reduzir o impacto da crise climática sobre os pobres

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Caritas Internationalis, três bancos católicos com um saldo de cerca de 7.500 milhões de euros, várias dioceses e uma coalizão internacional de instituições católicas anunciaram que vão deixar de investir em combustíveis fósseis para proteger o planeta.

O presidente da Cáritas Internationalis, Cardeal Luis Antonio Tagle, disse que os pobres sofrem muito com os impactos da crise climática, e os combustíveis fósseis são uma das principais causas dessa injustiça.

“É por isso que encorajamos nossas organizações e grupos ligados à Igreja a fazer o mesmo”, disse.

A decisão da Cáritas Internationalis de não mais investir está ligada à decisão dos principais bancos católicos de fornecer opções responsáveis a seus investidores e abordar a mudança climática. Entre as instituições que anunciaram o compromisso estão o Pax Bank, o Bank Im Bistum Essen eG e o Steyler Ethik Bank.

“O desinvestimento é um caminho importante para a Igreja mostrar liderança no contexto da mudança climática. Louvados sejam todos aqueles que servem os mais vulneráveis, protegendo o meio ambiente”, disse o Cardeal Luis Antonio Tagle.

O grupo, de 35 instituições, se junta a 60 organizações católicas que atendem ao chamado do Papa Francisco de instituir práticas financeiras moralmente sólidas.
O fundador da Católica Impact Investing Collaborative, um grupo de instituições católicas que administram coletivamente mais de U$ 50 bilhões, John O’Shaughnessy, explicou que “o desinvestimento de combustíveis fósseis” envia um sinal importante:

“As instituições financeiras estão cientes de que esses investimentos não são sustentáveis e provocam grande dano à sociedade. Cada vez mais, os gerentes financeiros estão se afastando de energia suja e avançando para uma futuro limpo e sustentável”, disse.

Este compromisso é coordenado pelo Movimento Mundial Católico pelo Clima – ao qual pertencem mais de 650 organizações. Seu diretor executivo, Tomás Insua, explicou que “quando se trata de proteger o lar comum, não há tempo a perder”:

“Nos livrarmos dos combustíveis fósseis é importante para reduzir a curva de emissões de CO2 o mais rápido possível, e a liderança da Igreja nesta questão nunca foi tão importante”, disse ele.

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