– Abeifa diz que taxa de 35% inviabiliza a operação com o dólar a R$ 3,60

 Gandini

O balanço de vendas de carros importados, apresentado nesta quarta-feira (4) em São Paulo, acompanhou o desastre que o setor como um todo tem vivido nos últimos tempos.

As vendas caíram 18% em relação a março e 40% no acumulado no ano.

E o volume é bem inferior em relação aos bons tempos em que o segmento não era sobretaxado com 30% de IPI. Além dos impostos normais, o importado paga 35% de imposto importação e mais 30% de IPI extra, taxa que foi aplicada por pressão das montadoras alegando uma INVASÃO de carros importados no País.

Bem, essa “invasão” representa 2% das vendas de carros e comerciais leves: foram vendidos apenas 12,7 mil carros importados nos quatro primeiros meses do ano

A prioridade de José Luiz Gandini no seu novo mandato à frente da Abeifa (associação dos importadores) é tentar eliminar essa sobretaxa para obter melhores condições de competitividade.

Em 2011, o setor vendia 16 mil carros por mês com uma rede de 850 concessionárias. Hoje, vende três mil e o número de revendas caiu pela metade.

Para os importadores, a eliminação do IPI extra poderá compensar o dólar alto (que aumenta o preço final) e contribuir para a saúde do setor. E, com certeza, não vai ameaçar os fabricantes locais.