Maior importadora do País aposta no fim da taxação extra, em 2018, para retomar o crescimento
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José Luiz Gandini, presidente da Kia

Mais do que os 25 anos de Brasil, a Kia Motors está comemorando uma nova etapa no mercado brasileiro, quando, a partir de janeiro de 2018, poderá competir com igualdade de condições com as demais empresas do setor, sem o pagamento dos 30 pontos percentuais extras de IPI impostos pelo programa Inovar Auto, o que fez a Kia despencar de 77 mil unidades vendidas em 2011 para 10 mil hoje. Ainda assim, a Kia se manteve como a maior importadora sem fábrica no País.

Com início das operações em 1993, a Kia se identificou inicialmente como marca de utilitários, com a venda da van Besta e dos caminhões Ceres e K-3700. Em seguida veio o utilitário esportivo Sportage, com motor a diesel.
Só em 2006 é que a importadora passou a atuar efetivamente no setor de carros de passeio, tendo que dar uma guinada na sua imagem, então muito ligada aos utilitários. A empresa investiu pesado em publicidade e mudou radicalmente o perfil da rede de concessionárias.

A consolidação da marca ocorreu em 2011, quando também teve o seu recorde de vendas. Naquela época, um diretor da empresa evidenciou a mudança radical da imagem da Kia no Brasil com a frase:
“Antes você tinha que explicar porque comprou um carro da Kia. Hoje a marca é objeto de desejo”.

De fato, a mudança de imagem da marca no Brasil foi um salto a olhos vistos. E acompanhou a reputação que a Kia vinha adquirindo no mundo, onde em poucos anos se transformou de uma mera desconhecida para uma das marcas mais respeitadas pelo consumidor.

“É muito importante e muito especial comemorarmos os 25 anos ininterruptos de atividades da Kia Motors do Brasil”, disse José Luiz Gandini, presidente da empresa, “mas é muito mais importante vislumbrar o futuro próximo, ou seja, a partir de 1º de janeiro de 2018, data em que teremos a paridade tributária com os carros aqui fabricados. Sem os 30 pontos percentuais, não tenho dúvidas de que a marca Kia volta a ter força o suficiente para recuperar a rede de concessionárias, duramente castigada nos últimos cinco anos, e também de atender aos consumidores brasileiros. Os mercados fechados só prejudicam os consumidores”.

O Grupo Gandini passou a montar, em 2010, o caminhão Bongo em Montevidéu, Uruguai, cuja produção majoritária (95%) é vendida no Brasil, aproveitando a isenção do imposto de importação do Mersosul.