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– Escândalo vai custar 8,5 bilhões de euros à empresa; no Brasil, montadora não sabe se a Amarock foi afetada

O Presidente da Volkswagen mundial, Martin Winterkorn, renunciou diante do escândalo da manipulação de emissões de gases poluentes em onze milhões de veículos a diesel.

Saiu mostrando confiança de que o Grupo vai superar essa grave crise.

Vai superar, mas a um custo alto. Só o curso do recall é de E$ 8,5 bilhões.

O que vai perder em imagem e confiança do consumidor, é que são elas.

A briga com a Toyota pela liderança mundial de vendas, essa pode esquecer. Vai ser difícil manter o ritmo de vendas e ainda superar a concorrente.

As duas estavam disputando mês a mês a liderança mundial de vendas. Até julho a montadora alemã vendia 300 mil unidades a mais que a japonesa, mas a Toyota deu uma arrancada no mês passado e quase alcançou a concorrente. Até agosto, a Volkswagen vendeu 6.568.834 carros e a Toyota 6.569.547.

No ano passado a Volkswagen foi a líder mundial, desbancando a Toyota que foi a que mais vendeu em 2013.

No Brasil, o único veículo leve da Volkswagen com motor a diesel é a Amarock, mas a montadora não soube informar se a picape, que é fabricada na Argentina, faz parte dos carros afetados pela manipulação das emissões.

O governo da Alemanha está exigindo da montadora informações sobre os veículos afetados porque não se sabe ainda se parte deles estaria circulando na Europa.

A Volkswagen obteve 17,3% de participação nas vendas no Brasil no ano passado; caiu pra 15% este ano. Mas essa redução atingiu também as principais concorrentes: a GM também perdeu dois pontos percentuais e a Fiat três.