máquinas agrícolas

O bom momento da agricultura indica uma safra bem próxima da registrada em 2017, que foi recorde com 238 milhões de toneladas. A expectativa é de chegar a 230 milhões no fechamento do período em junho (safra 2017-2018), mas o vice presidente da Anfavea e diretor da John Deere, Alfredo Miguel Neto, garante que esta será uma safra recorde em termos de rentabilidade.

“O crescimento da necessidade de alimento é exponencial e não há outro país no mundo que possa atender essa necessidade se não o Brasil. Mas para isso é preciso fazer investimento em infra estrutura, principalmente nas telecomunicações”. Alfredo fala do que chama de “estradas invisíveis”, isto é: a comunicação via satélite, a conectividade no campo, que proporciona maior rentabilidade na produção.

“Os equipamentos têm que estar conectados no campo: o trator falando com o caminhão, que por sua vez fala com a colheitadeira, esta com a plantadeira e todos com o dono da fazenda, o tomador das decisões, que pode estar em casa ou em Nova York, mas conectado com todos os atores da produção e portanto em condições de tomar decisões rápidas e eficazes.
A conectividade permite que o responsável pela produção identifique o problema e resolva; avisa a concessionária da necessidade da peça quebrada, faz o conserto na máquina, muda a estratégia e isso tudo leva a maior eficiência.

Segundo Alfredo, a tecnologia garante muito mais eficiência na produção do que o aumento da área plantada, mas se não houver cobertura de sinal, se não tem rede, não é possível essa conectividade.

“A tecnologia – resume Alfredo – permite uma correção em segundos, acerto que antigamente só seria possível fazer na safra do ano seguinte…”! Na coletiva da Anfavea nesta segunda-feira, 7, o presidente Antonio Megale saudou o bom momento vivido pelo agronegócio, o que está permitindo um crescimento acima da expectativa na venda de máquinas agrícolas. Foram vendidas 4,1 mil unidades em abril, 17,6% a mais do que março e 26,4% a mais do que abril do ano passado.

“A Agrishow – relatou – mostrou a pujança do setor de agronegócio”, disse Antonio Megale, lembrando que a feira, realizada na semana passada em Ribeirão Preto, registrou um crescimento de 20% em relação à edição anterior e a realização de negócios no valor de R$ 2,7 bilhões. A Agrishow é a terceira maior feira de agronegócios do mundo.