– Para Anfavea, governo limitou benefício ao híbrido para não correr risco de aumento do consumo de energia
 Nissan-Leaf

Em recente medida que aliviou o imposto de importação para carros híbridos (a isenção pode chegar 0%), o governo excluiu do benefício o hibrido plugado, versão cujo motor elétrico pode ser alimentado também pela corrente elétrica, além de receber energia das frenagens e desaceleração, como no híbrido comum. Ficou de fora também o carro elétrico puro, aquele que é alimentado apenas com energia proveniente da rede elétrica.

As razões da discriminação, segundo o presidente da Anfavea, Luiz Moan, foi o medo do governo em permitir o aumento do consumo de energia elétrica e eventualmente ser responsabilizado por um apagão.

Exagero? Moan acha que não. Para ele, o governo está correto em não arriscar.

Embora o volume de carros elétricos e plugados seja hoje insignificante, Moan lembra que a frota é cumulativa e portanto, com o tempo o País poderá ter um grande volume de carros elétricos e a energia disponível poderá não dar conta do consumo.

Outra corrente acha que, na verdade, a recusa do governo em ampliar ao plugado e ao elétrico o mesmo benefício do híbrido foi para atender o interesse do setor canavieiro, que vê na energia elétrica uma ameaça ao álcool combustível.

O fato é que, com isso, o híbrido deve aumentar a sua participação nas vendas em 2015, enquanto o carro elétrico deve continuar no ostracismo.