Marketing da GM aposta em carros bem equipados e catálogo enxuto

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O investimento que o consumidor faz em opcionais na compra do carro zero dificilmente terá retorno na hora da revenda. É um dinheiro perdido. Quem diz isso é o diretor da montadora líder de mercado, Hermann Mahnke, responsável pelo Marketing da General Motors.

Nesse sentido, o dono do carro vê seu patrimônio escorregando pelos dedos, o modelo é desvalorizado no mercado de usados. Por isso é que a proposta traçada por Hermann é equipar os carros da marca com o máximo possível de equipamentos e reservar poucos itens como opcionais. Assim, o carro mantém um bom valor de revenda, atributo de extrema importância para o consumidor na hora da compra do OK.

O resultado dessa estratégia deu certo. O Onix, carro mais vendido no Brasil mais uma vez este ano, ganhou pela quarta vez seguida o Selo Maior Valor de Revenda, como o hatch compacto mais valorizado do mercado. O carro teve uma depreciação de apenas 9,2% em 2017, no período de doze meses.

Herman deu exemplo de alguns equipamentos que, quando comprados a parte, encarem o preço do carro zero e seu valor não é recuperado na hora da revenda.

Equipamentos como um sistema de ar condicionado, um conjunto de rodas de liga leve ou um câmbio automático não serão considerados no valor de revenda caso não tenham vindo como itens de série.
O dirigente esclareceu que a proposta da empresa é reduzir as opções de versões e opcionais ao consumidor, evitar a oferta de um espectro muito grande de equipamentos, com o objetivo de manter o valor do carro no mercado de usado, de forma a garantir ao seu proprietário a menor depreciação possível na hora da revenda. Ele lembrou também que a ampliação do catálogo de ofertas prejudica o consumidor nesse aspecto, sendo portanto a melhor opção um portifólio enxuto de produtos bem equipados.