A indústria automobilística tem se mostrado cada vez mais competitiva no mercado brasileiro, com boa parte dos consumidores buscando conforto e tecnologia, enquanto outros consideram mais importante a economia e o custo benefício na hora de comprar um carro zero.

Observando essas exigências do mercado, as montadoras iniciaram, há alguns anos, a construção de carros com motor três cilindros. Além de fazerem parte de uma tecnologia mais atual, esses novos motores proporcionam mais economia, reduzindo a despesa com combustível.

A Volkswagen, por exemplo, equipa todas as versões do Fox 1.0 a partir da linha 2016 xom motor 3C nomeado Bluemotion (o nome Bluemotion significa “movimento azul”, se for traduzido fielmente, e se trata de um motor voltado às questões ecológicas, por isso “azul”). Vale ressaltar que o Up também adotou um motor tricilíndrico desde seu lançamento e, recentemente, passou a contar com o novíssimo motor turbinado, com a tecnologia TSI, resultando em mais desempenho e menos consumo de combustível.

Após os motores três cilindros, outra inovação que deve se tornar tendência é a adoção de turbocompressor nos motores “pequenos”. Com a chegada do Up TSI, e seu motor que rende até 105 cavalos quando abastecido com etanol, as outras montadoras não irão ficar pra trás e tentarão competir com esse subcompacto. A Ford já estuda adotar o motor 1.0 turbinado (chamado pela marca de Ecoboost) no New Fiesta, com a potência parecida ao do atual motor 1.6 aspirado. O HB20, da Hyundai, também deverá receber um turbocompressor que presenteará o carro com 120 cavalos.

Vale ressaltar que a família Gol passará por mais uma reestilização antes da chegada de uma nova geração ao Brasil, e a Volkswagen deve adotar o mesmo motor 1.0 TSI do Up para empurrar essas carrocerias de cara nova.

O melhor é que essas reduções de consumo de combustível resultam em produtos que emitem menos poluentes na atmosfera, acarretando também na redução de impostos, como o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), já que o veículo passa a se adequar em normas do programa Inovar-Auto. De acordo com esse programa de incentivo, os veículos que consumirem 15,5% a menos até 2017 terão um ponto percentual abatido em seu IPI.

Ou seja, essa nova tendência de motores 1.0 tricilíndricos se torna boa para o meio ambiente, para o cliente e também para o mercado automotivo, que se torna mais competitivo. Aliás, a gama de opções existentes no atual mercado brasileiro já é bem chamativa. Dela, fazem parte alguns modelos como o Up, o Fox, o Hyundai HB0, o Ford Ka e o Nissan March.

Em visita a algumas concessionárias e conversando com alguns clientes, foi possível constatar a aprovação sobre esses novos motores. O estudante de 21 anos Guilherme Morgado disse que preza muito pela economia na hora de escolher um carro. Ele estava pesquisando alguns modelos e colocando no papel a economia que teria de combustível com uma escolha ou outra. “Estou pensando seriamente em um Up. Ele tem desempenho de carro 1.6, ou 1.8, mas é super econômico. Até mais do que o 1.0 aspirado”, comenta Morgado.

O comentário de Guilherme deve se refletir entre muitos jovens que estão tirando carteira de motorista ou estão à procura do primeiro carro. Afinal, a categoria dos populares é bastante visada pelos jovens. “A gente ainda não ganha tão bem, por isso um carro mais econômico ajuda muito”, disse a estudante Clara Duque, de 20 anos.

E assim o mercado vai avançando, se modernizando e ficando mais competitivo. A tendência dos motores três cilindros se confirma com vários modelos passando a usar essa tecnologia. Além disso, os novos motores turbinados devem fazer com que muitos motoristas apreciem essa tendência, já que não existe a sensação de estar dirigindo um carro 1.0, mas na hora de abastecer permanece o consumo de carro 1000cc. Além do bolso do consumidor, a natureza também agradece.

Thiago Giacomini
Universidade de Taubaté – 6º semestre