jeep_renegade2017Depois de uma visita aos 500 carros expostos, aos 150 lançamentos e às novas tecnologias no Salão do Automóvel, que abriu nesta quinta-feira ao público, é possível concluir que o foco da indústria brasileira mudou radicalmente em relação aos anos anteriores.

Vamos a alguns números que explicam essa transformação:

– São 13 utilitários esportivos novos, a maioria na cola do sucesso do HRV e do Renegade. Quer dizer: carros que partem de R$ 60 mil o mais simplesinho

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– Dezenas de lançamentos de carros grande e luxuosos

– Tecnologias caríssimas, como a do carro elétrico e do carro à célula de combustível. Inviável para a maioria dos mortais

– Protótipos, os carrões esportivos. Legal. O Salão é lugar pra ver as paixões sobre rodas.

Mas aquele consumidor do carro de entrada, do hatch de R$ 30 mil, do sedã de R$ 40. Esse sai do Salão completamente frustrado. Não tem nenhum lançamento. Zero.

Um motor novo pro Mobi, de 3 cilindros, é a única novidade.

A crise, como sempre, atingiu com mais furor a base da pirâmide.

As fábricas se voltaram para as camadas com maior poder aquisitivo.

Sobrou para os menos favorecidos assistir o espetáculo e aplaudir