Os engenheiros automotivos dão por certo que o carro comum está com os dias contados. O que é o carro comum? O carro feito para levar a pessoa de um lugar para outro; o carro criado para servir de meio de transporte.

Mas o carro teria outras serventias?

O carro moderno sim, segundo o engenheiro Ricardo Camargo, presidente do encontro que a associação de engenharia SAE Brasil vai realizar para discutir o assunto.

No lugar do carro comum, aquele feito só para transportar pessoas, a sociedade moderna exige um carro conectado com o mundo, que use tecnologias limpas para preservar o meio ambiente, que seja capaz de interagir com o usuário, receber comando de voz ou mesmo ondas cerebrais, além de garantir o melhor custo-benefício na operação. Mais do que isso: o prazer de acelerar vai ficar em segundo plano, pois o carro moderno vai sozinho para onde você mandar.

Isso não é um exercício de futurismo. Esse carro está chegando por aí. Pense: há quatro ou cinco anos, equipamentos como alerta de ponto cego no retrovisor, sensor de estacionamento e central multimídia era uma raridade. Hoje é comum.

O Brasil esbarra no problema da infra-estrutura para que o carro se comunique com a via. Como vai funcionar, por exemplo, o aviso sonoro de saída da faixa de rodagem (que auxilia no controle do veículo), se as pistas são mal sinalizadas?

Mas é assim mesmo: os problemas vão sendo resolvidos conforme as necessidades vão surgindo. E o que parece ousado e inovador hoje, será banal em poucos anos.

Ou você não questiona como era possível dirigir sem GPS e Wase?