– Para dirigente, vendas vão fechar o ano com queda de “ apenas” 13,2%

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Luiz Moan, presidente da Anfavea, como de costume está otimista. Ele prevê um segundo trimestre difícil em produção e vendas de veículos. Ops! como assim? Difícil e otimista?

Isso mesmo porque “difícil” é menos pior do que “extremamente difícil”, classificação dada pelo dirigente ao balanço do primeiro trimestre do ano, apresentado ontem e que revelou queda de 17% no licenciamento de veículos e de 16,2% na produção.

O setor de pesados foi pior: a produção de caminhões caiu 49,3% e a de ônibus17,7.%.

Assim, a indústria inicia abril com um estoque de 360 mil carros nos pátios das montadoras e das concessionárias. Isso significa produto para 46 dias de vendas.

O presidente da Anfavea prevê um segundo trimestre ainda difícil, principalmente por causa dos feriados em abril e maio, que vão reduzir o número de dias de produção e comercialização: o 21 de Abril que vai emendar segunda e terça, o Primeiro de Maio numa sexta, além de um feriado estadual no Rio de Janeiro.

Mas está otimista em relação ao segundo semestre, quando acha que haverá uma recuperação, com o ano de 2015 fechando com uma queda menor (13,2%) do que a registrada no primeiro trimestre (17%).

A nova previsão é de 2,83 milhões de veículos produzidos e 3,03 milhões de unidades vendidas.

Já em relação às exportações, a expectativa é de um pequeno crescimento, + 1,1%, graças ao fechamento do acordo comercial com o México, a renegociação com a Argentina e novas investidas em paises da América Latina (incluindo Cuba) e África.

Moan insiste em dizer que a retração nas vendas é resultado de uma crise de confiança. Para ele, é preciso fazer o ajuste fiscal “que foi proposto mais ainda não foi aprovado, deixando o mercado na dúvida, criando incertezas tanto da parte do consumidor que deixa de comprar, quanto do empresário, que deixa de investir”

Para ele, o País só vai voltar a crescer quando estiverem definidas as medidas do ajuste fiscal.