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“Estamos perdendo o bonde da história”, disse o presidente da ABVE, a associação dos veículos elétricos, Ricardo Guggisberg, sobre a falta de incentivo para o uso do carro elétrico no Brasil.

O dirigente lembrou que apenas 5% da frota mundial tem tecnologia elétrica ou híbrida e no Brasil essa participação é de menos de 0,01%.

Os fabricantes e importadores querem pelo menos os incentivos que o governo dá à indústria automobilística, embora ele acredite que para a implantação comerciais do carro elétrico são necessários subsídios no sentido de formar uma rede de fornecedores e aumentar a escala para baratear os custos de produção.

Edson Orikassa presidente da AEA, a Associação de Engenharia Automotiva, concorda com a necessidade de incentivos para o carro elétrico. Acha que o poder público precisa investir, incrementar o setor porque isso trará resultados positivos para a sociedade, como a redução do volume de monóxido de carbono na atmosfera: os canos de escapamentos dos carros a combustão expelem três toneladas de monóxido de carbono por dia apenas na cidade de São Paulo.

“Nós já dominamos a tecnologia, mas a viabilidade comercial só se dará com investimentos e a elaboração de políticas públicas”, disse.

A tecnologia do carro elétrico não é nova. Mas hoje o mundo coloca claramente os veículos menos poluentes como uma alternativa concreta para a melhoria da qualidade da vida das pessoas.

Por isso é inevitável que o carro elétrico seja o protagonista da busca por uma mobilidade sustentável.

Se não tomarmos uma atitude concreta agora, como disse Ricardo Guggisberg, as próximas gerações vão nos cobrar.