O ronco forte do motor pode provocar adrenalina ou stresse, depende da hora e do lugar: se você está assistindo a corrida no autódromo ou acelerando um esportivo na estrada, o barulho do motor provoca emoção; já no trânsito pesado, hora do pico, não há nada mais irritante.

Roncos, barulhos, conforto acústico e qualidade sonora são itens estudados com muito empenho pelos fabricantes de veículos, para agradar o consumidor. Às vezes é preciso eliminar ruídos; às vezes é preciso introduzir o barulho para quebrar um incômodo silêncio, caso de alguns veículos elétricos, que sinalizam a presença com sinais sonoros, uma vez que o motor não emite ruído.

O nível de silêncio interno de um carro é indicador de qualidade de materiais, no processo produtivo e na forração e revestimento e torna o ambiente agradável para conversar ou ouvir música.

Testes de ruídos são feitos em laboratórios e em túnel de vento, que revela necessidade de ajustes de desenho de forma a melhorar a aerodinâmica, o que reduz ou até elimina ruídos (além de melhorar o consumo de combustível), isso porque o vento é uma das principais fontes de ruídos, ao lado do motor e do contato dos pneus com o asfalto.

Estudos são desenvolvidos também para a redução de ruídos na cabine e melhor absorção do som do rádio, com o posicionamento estratégico dos alto-falantes. A angulação do som é uma técnica que a Ford utiliza em modelos esportivos, como o Mustang, para recriar o efeito tridimensional de uma sala de concerto.

Se altas tecnologias são desenvolvidas para a eliminação de qualquer ruído, outros estudos desenvolvem equipamentos para ampliar o barulho do motor de forma a proporcionar mais prazer ao motorista que acelera um esportivo na pista.

A GM criou um sistema de ressonadores que intensifica o ronco do som do motor dentro da cabine em giros mais altos, para satisfazer os donos do carro. “Uma experiência única para admiradores de carros esportivos”, revelou uma fonte da montadora.