Acompanhamos os primeiros WR-V produzidos em Itirapina, que nos levarão Pro Outro Lado da América

“Gosto da ideia de conhecer o ninho.” Amyr Klink está eufórico.  De óculos de proteção e avental branco, ele caminha pelos corredores da nova fábrica da Honda na cidade de Itirapina, no interior de São Paulo. Quer conhecer o passo a passo da fabricação do WR-V que vai levá-lo, ao lado do jornalista Joel Leite, diretor da AutoInforme, em mais uma expedição on the road. Desta vez, a dupla vai partir de Paraty, no litoral fluminense, e cruzar a América do Sul, até Lima, no Peru.

A visita à fábrica da Honda no dia 17 de julho serviu para a equipe conhecer o processo de fabricação dos WR-V e para gravar o teaser de abertura da aventura, batizada Pro Outro Lado da América, que pode ser visto no link www.ecoinforme.com.br.

Amyr e equipe começou o passeio na nova planta pela estamparia, onde as chapas de aço chegam lisas e, após passarem por uma gigantesca máquina composta por três prensas, transformaram-se nas diversas peças que formam a carroceria. O menor espaço entre as prensas e o sistema rápido de troca de ferramentas aumentou a eficiência aumentou e reduziu o consumo.

O passo seguinte foi ver o trabalho dos robôs de alta precisão responsáveis pelos mais de dois mil pontos de solda que unem milimetricamente chassis, assoalhos, portas, para-choques, capôs… Soltando faíscas a cada movimento concluído, os robôs parecem dançar um balé coreografado enquanto montam um quebra-cabeça e deixam a carroceria pronta para ser pintada.

Com fluxos mais seguros, processos otimizados, tecnologias mais avançadas e ganhos em sustentabilidade, a fábrica de Itirapina é a mais moderna da Honda fora do Japão e está entre as mais tecnológicas e de menor impacto ambiental do mundo, fruto de um investimento de R$ 1 bilhão.

Às 12h45, uma música suave anunciou a hora do almoço. Depois de se juntar no refeitório à parte dos 400 funcionários da nova fábrica (serão 2 mil em 2021), a equipe seguiu para assistir ao meticuloso processo de pintura. A carroceria mergulha numa piscina, onde recebe uma base que a prepara para receber a tinta que lhe dará a cor final.

Amyr e a equipe viram o mergulho das carrocerias e puderam acompanhar de dentro da cabine o trabalho dos robôs que coloriram de “vermelho mercúrio” os três Honda WR-V que levarão a equipe para o Peru. A Honda usa uma tinta ecológica que elimina a necessidade de uma camada de pintura e uma etapa da secagem em estufa. Esses avanços reduziram a emissão de gás carbônico em 10% e de compostos orgânicos voláteis em 60%.

Enquanto a tinta dos nossos WR-V secava na estufa, a dupla acompanhou a montagem da parte interna de outras unidades em produção. Em um longo corredor, vidros, fiação, parte elétrica, painéis, conjunto motor-câmbio e chassi são encaixados ora por robôs, ora pelos funcionários.

Atualmente, a fábrica de Itirapina produz 100 carros por dia, mas tem capacidade para mais do que triplicar esse número. Tudo depende da retomada das vendas no mercado brasileiro. Inclusive, apesar de ter ficado pronta em 2016, suas operações começaram apenas em fevereiro de 2019 por cauda da retração das vendas no país.

No meio da tarde, nossos WR-V surgiram no fim da linha de montagem. Prontos. Mas antes da entrega ainda tinham pela frente um minucioso controle de qualidade, onde itens como funcionamento dos vidros elétricos e faróis são checados. Em um túnel de luz muito forte é hora de vistoriar qualquer imperfeição na pintura. A etapa final é um teste sobre rolos de dinamômetro para diversos testes de desempenho e performance, como aceleração, mudanças de marchas e aferição de velocímetro.

“Assim como gosto de acompanhar e participar do processo de desenvolvimento dos meus barcos, foi muito interessante ver o passo a passo da fabricação dos carros com os quais vamos viajar”, disse o navegador.

Para finalizar o processo, os veículos foram adesivados com o logotipo do projeto e do óleo Pro Honda, um dos patrocinadores da jornada.

Acompanhe a expedição pelo Diário de Bordo, que será publicado no site www.ecoinforme.com.br

Texto: Henrique Skujis
Fotos: Érico Hiller