As vendas de carros importados cresceram 32% este ano, com 24.850 unidades vendidas de janeiro a agosto, conforme divulgado nesta terça-feira (4) pela Abeifa, a associação de importadores e fabricantes de veículos.

O índice é bem superior ao do mercado geral (+14,1) que também teve um aumento expressivo considerando a situação de economia do País. Os importadores, no entanto, consideram que o bom desempenho foi obtido “com muito sacrifício”, referindo-se ao alto valor do dólar.

O vice-presidente da Abeifa, Paulo Ferreira, argumentou que com o dólar a R$ 4,10 fica difícil para os importadores reporem o estoque. Disse que dificilmente o setor conseguirá manter a meta de 40 mil carros neste ano, conforme previsão inicial. Lembrou que no auge do mercado brasileiro, em 2011, o dólar custava R$ 1,67 e mesmo no ano passado a relação era de um dólar para R$ 3,19.

O mês de agosto em relação a julho cresceu 22,6%, com 3.801 unidades licenciadas. Em relação ao mesmo mês de 2017, o crescimento foi maior ainda: 34,7%. “Foi o melhor mês em dois anos e meio”, afirmou o vice-presidente.

A associação cita que a instabilidade cambial interfere na revisão da projeção anual. Em 2011, quando o dólar custava R$1,67, as importações chegaram a 199.422 unidades e este ano, com variação acima de R$ 4,00, a projeção, contando com importados e montados no País (que levam grande parte de componentes importados), não passa dos 64 mil carros.

Apesar das quedas de 2011 pra cá, é importante lembrar que o segmento tem tido crescimento relevante durante o ano. A Volvo cresceu 85%, com mais de quatro mil unidades vendidas, logo atrás vem a Kia com 43% e a BMW com aumento de 34%.

A marca que mais vendeu em agosto foi a Kia, com 1.064 unidades. Logo atrás vem a Volvo, JAC, BMW e Suzuki, responsáveis por 2.759 vendas, do total de 3,8 mil.