A Fenauto, a federação que reúne os lojistas de carros usados, divide o mercado em

Seminovos – carros até três anos de uso

Usados – até oito anos

Os maduros – entre nove e 12 anos

E os Velhinhos – carro com mais de 12 anos.

Na verdade, se não é zero quilômetro, é usado.

Mas essa divisão tem algum sentido porque cada segmento desses tem um público bem definido e o comportamento desses mercados varia muito: são diferentes, dependendo do momento da Economia.

A situação que vivemos hoje no Brasil – de queda do poder aquisitivo, de dificuldade de crédito – reflete diretamente no comportamento de cada um desses segmentos.

Vejamos:

O mercado de seminovos e dos carros entre quatro e oito anos de uso – que são os carros mais caros – teve uma queda de 12,5% de janeiro a abril.

Já os carros mais velhos, com mais de nove anos, tiveram um aumento expressivo, alta de 16,2%.

Mas os carros com até oito anos foram os que mais movimentaram o mercado, com mais de 2,5 milhões de unidades em quatro meses.

Os com mais de nove anos venderam quase dois milhões.

É um claro sinal de dificuldade financeira do consumidor, que está optando pelos produtos mais baratos nesses momentos de dificuldade financeira.